Luís Miguel Cintra

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Tenho para mim que ler poesia com a voz não pode ser nunca só conhecê-la e dá-la a conhecer.
Ler poesia é torná-la nossa, que a voz, tanto como os olhos, quer se queira quer não, é espelho da alma.
Ler poesia é como representar, é inventar quem fala, é reinventar um poeta e recriar o momento de escrever.
Por isso é importante escolher o que se lê, não ler qualquer coisa, amar o que se diz, decidir que palavras vão passar a fazer parte de nós e serão daí em diante também nossa memória e nos irão ajudar também a escrever e a ler novas palavras, a estar com os outros.


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