A despedida é um outono de saudades... É uma tela sendo pintada em tons de cobre, alaranjado e nostalgia: o rio leva folhas caídas de árvores secas; os galhos, outrora carregados de flores em cores vivas, abraçam-se a si mesmos em sua nudez seca e doída. Nem sempre seremos primavera. Olhe as folhas amareladas que caem da sua solidão, elas estão tornando o seu entardecer mais leve. Como disse Rubem Alves, “somos seres crepusculares”. O pôr do sol no outono é alegre-triste como a despedida.
Já em paz com a saudade, de volta ao seu rio. Desce em sua própria profundeza e percorre mistérios guardados enquanto seu crepúsculo arde.
Olha as verdes águas que correm, sempre e sempre, mesmo com as mudanças das estações; e sabe-se que as águas continuarão aí, independentemente de qualquer tempestade, dúvida ou dificuldade.
A beleza triste da despedida está em nós. A alegria nasce na pureza da tristeza. E quando a felicidade chegar abrace-a bem forte.
(Rebeca Bedone)
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