Já é tarde, muito tarde.
O sol já desceu o poço.
Mas a Beleza desponta,
No brilho claro da lua.
De noite as almas avançam
A cumprir os seus destinos.
Quem souber essa verdade,
Tem a alma transparente.
Qual abelha, tua alma
É invisível. Mas olha,
Olha a colmeia
Cheia de mel.
Olha teu corpo,
Como é pequeno.
Mas tua alma,
Maior que os céus.
Noite após noite, a alma
Em sonhos se dissolve.
E a cada sonho, a alma
Abeira-se da Forma.
És alma da verdade,
Ó sonho de meus sonhos.
És forma sublimada,
E mais não sei dizer.
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