Caminhamos em círculos, pegamos atalhos, pulamos degraus, corremos contra o tempo, ficamos em cima do muro. Preparamos resposta, ensaiamos sorrisos, combinamos roupas e intenções, encaixamos nossos sonhos em planos e os planos na nossa falta de tempo, ou de dinheiro.
Vendemos as horas do dia para comprar as horas da noite. Envenenamos o corpo e queremos libertar a Alma. Por hábito, cultivamos medos e mornos tons de cinza.
Nos apegamos aos detalhes e perdemos o principal.
De inúmeros jeitos nos poupamos e nos desperdiçamos, conforme doces ilusões ou as cruas verdades que carregamos.
(Guilherme Antunes)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário