"E você percebe que guardou coisas demais. Sufocou palavras que precisavam sair. Aguentou, calado, dores que não deveriam ser suas. Guardou uma sensação de vazio porque não teve coragem de preencher com a tua felicidade. E você percebe que deveria ter chorado, aos prantos, para sentir a alma sendo lavada. E você guarda culpas que não deveriam estar ali. O coração medroso se fecha, se retrai e acha que precisa segurar as pontas sozinho. E você, portador deste coração, sofre, se arde... se guarda mais uma vez. A coisa a se fazer seria dar um grito, nem que assuste todas as borboletas do teu estômago e elas saiam voando, mas talvez, levem junto com elas, para um além mar, todas as dores que estavam lá dentro. E finalmente sentir uma leveza, porque muitas vezes você guarda coisas que te impedem de flutuar. O que teria que se fazer é uma varredura... eliminando todo e qualquer excesso que te impeça de alçar voo e ir até o céu... refazer os desenhos nas nuvens e colorir um arco-íris."
(Scheila Azevedo Hinnah)
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