O que você fêz...

quinta-feira, 21 de julho de 2011



Não permanece a noite inteira acordada
mediante a pressão do dia
Vi desfazer-se de tal maneira, tudo o que havia
formado em torno de mim
as horas de emoção... da saudade... da ânsia... do riso...
Não pertenço mais a lugar nenhum... a lugar algum
Desprendi-me de todas as raízes...
Tão distantes... é o meu hoje de cada um dos meus ontens...
Tão distante é o meu hoje de cada manhã...
Tão diverso é o meu hoje de cada ascensão, de quedas, de tantas...
O equilíbrio já tão rompido... turbilhão
De repente tão sozinha... sem condições de conter qualquer movimento
Perdera-se o verão que temperava as noites
o sol que dourava os dias...
se esquecera até das sonhadas e doces estrelas...
Tudo alterou-se...esculpe a tristeza e a tecer...
Em outros tempos... um sorriso iria surgir naturalmente...
a saudade se encontrar naturalmente...
os sentimentos de ternura a criar forma em palavras...
e a sua presença uma constante, mesmo ausente...
Agora todo gesto morrem antes de se iniciarem... ou não chegam a completar-se
Momentos de ausência a entregar-se por completo
Não se sentir...
Olhando para o céu... esquecer de ti não vai ser fácil...
O que posso fazer...
Recomeço então, como sendo outra.


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