CORAÇÃO

sábado, 8 de novembro de 2008



Do crepúsculo do inconsciente
não foi um desejo claramente
formulado, talvez um
pensamento fulgaz que roçou...
Abalara a intuição.
Que angustia trágica e ao mesmo
tempo maravilhosa!
Sem dúvida, algo intricado na minha vida.
Fixa-se os pormenores, as sensações
ao invés de confiá-las à memória,
que é como um rio inquieto
que se desloca, altera e arrasa sem guardar
as verdadeiras emoções... são passageiras,
unilateral, age rápido e de modo incerto,
ao ponto de não poder recordar com precisão.
Ao contrário, o coração, guarda cautelosamente
cada momento, palpita forte e a cada gesto
garante veracidade, respirando, vivificando
plenamente, interpreta sentimentos e os
imortaliza.

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