UM DIA... NA VIDA

sábado, 8 de novembro de 2008



Não se concebe a vida sem um traço de insânia,
a sensatez oprime a alma.
A ausência de paixões neutraliza a aventura da vida,
uma face a uma floresta quase sem clareiras,
impedindo todo aceso à visão.
Então, a alma antecipa e se dissipa até ao âmago
do coração.
As estrelas misteriosas sorriem sob o efeito desta luz interior,
sem mínima contração, fulgura o espírito, anuvia o manto da razão
que se retraí não mais reprimindo os sentimentos eloqüentes
misturando-se ao odor da terra, que se degela.
Uma sensação comovente, dilata-se os lábios,
a língua fecunda e o sangue ardente torna perigosa toda essa emoção.
Não se concede furtar a um arrebatamento
prestes a romper ... se corresponde quase
sempre a uma profundeza ilimitada de uma carência absoluta.
Toda sensibilidade, com tão alma,
expreme cada momento, agarra-se a cada minuto tudo o
que houver de doce e sensual.
De nada se arrepende, de nada se lastima.
Ganha-se o mais desejado, a plenitude da vida!

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