NESSE MEU MAR

domingo, 7 de março de 2010



Sempre fui tanto mar quanto sensações profundamente quase infinitas...
Ainda que se permeie às vezes em terra àrida ante a sobrevivência e de toda sorte de intempéries não se foge do contorno azul esverdeado dessas águas, torna-se capaz em viver... mas que na verdade já estão dentro de mim, apenas se calam no interior...
Águas que correm... águas que curam... águas doces que se misturam nas águas salgadas e nelas se espelha o céu e flutuam as estrelas.
Talvez seja mesmo aqui, onde o coração ruboriza e aquece esperanças...
Enlevo onde deito, canto e escrevo
Quando bate a solidão
Onde rola uma canção
Quando a alma reclama
Quando tenho pouco a sorrir
Apenas um olhar a escoar...
sobre as areias desse meu mar
Talvez seja mesmo aqui...
o luar a deslizar e mostrar-se a maresia
ondas luminosas a inflamar sinuosidade as pedras
Onde a lágrima já não tem motivo de ser...
Talvez seja mesmo aqui...
... porque me habituei a viver dessa sede de sal.

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