Surfando...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


Surfei nas cores do arco-íris para além do horizonte
aninhar-me na casa das estrelas
por um tempo de vida
a tornar inspirar meu coração
no silencio interno do brilho estelar






Meus sonhos...


No céu dos meus sonhos,
vi o meu passado passando...
Dentro do meu coração
Ondulava por entre torrentes de águas afetivas...
Acima, mil brilhos tocavam o céu e
uma terna melodia preenchia o ar...
O mar virava céu, deslizando nas ondas...
Nadava e voava no infinito da canção

Muitos sonhos não são sonhos...

Inspiração

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011



O som do luar varre os estilhaços da noite escura ...
Faz dentro de mim o coração viajar nas asas do vento... agraciado com toques das estrelas
Transformando lágrimas em pequenas luzes...
Arrebata o sofrimento em silêncio pelas pradarias celestes
O sol brilha na noite escura...
inspira suavidade ao espirito da lua
Nasce do silencio... musica
Expande o som... som das batidas do coração

Quem sente...

terça-feira, 29 de novembro de 2011


Quem sente o toque de outras mãos nas suas
Quem sente em sua própria presença invisível a melodia da inspiração...
Quem sente, em seu coração
sabe que é Amor...
semeadura na Terra, ou além...

O Sol


No meio da tarde, notei o pôr do sol... ainda havia vestígios do sol no céu, de cores ímpares, que lembravam a minha adolescência...com traços e cores se juntando e querendo dizer algo...
E era lindo demais; então eu parei o meu mundo... e me deixei levar pelo céu e pela canção em cores...

O Amor



O amor é como o mar...
É algo em movimento...
E ele muda de acordo com a maré

(André L. Aquino)

Antes que seja tarde

Carrego comigo

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Embora as historias me sejam raras como lembranças caras e mágicas
porque assim se fazem em véus soprados pelo vento melodiando inspiração
feita na alma
Porém carrego também as de dor
lágrima e sorriso e
a leveza de você
que já não me pertence mais...

Alguém...

domingo, 13 de novembro de 2011



Neste silêncio... da noite
sinto uma presença mansa...
alguém zelando secretamente
Um olhar sereno que vê o que está em meu coração
Escuto me chamar... e, em minha tela mental
percebo esse mesmo olhar do meu passado...
e essa verdade sutil toca meu ser
E, novamente, deixo meu coração me conduzir nas ondas incorpóreas,
e escrevo...

sábado, 12 de novembro de 2011


Em cada superação... você se torna um novo ser


Amor, música

sexta-feira, 11 de novembro de 2011


O Amor é mais forte
mais forte do que qualquer um...
Quando se pensa que se foi
que se perdeu a rota da vida
percebe-se que volta mais forte
e o coração ri novamente
e que a música nunca nos deixou
A musica toca...
toca junto com o nosso Amor
Permite-se que as estrelas
desgrudem do manto azul
e a alma tênue aberta para o infinito
Os sons repercutem além da linha do horizonte...
então uma chama acende
e o Amor regressa forte
alinhado com a luz das estrelas

quarta-feira, 9 de novembro de 2011



Noite linda chegando
Promessa de lua e estrelas...
Fazendo festa no céu
Coração navegando
em águas calmas
Paz e tranquilidade
Tristeza indo embora
Vida que segue

(AD)


Amor

terça-feira, 8 de novembro de 2011



Teria sido num pôr do sol
que a vida traçou meu caminho ao teu coração
e te guardou no meu sono até as estrelas
Foi o Amor
que me fez tão feliz...


segunda-feira, 7 de novembro de 2011




A recordação é o perfume da alma
É a parte mais delicada
e mais suave do coração
que se desprende para abraçar
outro coração e segui-la por toda a parte

(George Sand)

sábado, 5 de novembro de 2011



um sentimento...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011


Olhar sereno
leve sorriso
Vi em seus olhos um oceano de ternura
entrou em meu peito
alojou dentro do meu coração
instalou-se e eu submergi


Um amor


Você pediu-me para seguir-te
Fechei os olhos
Mergulhei em seu coração
Embalada numa carícia invisível com os olhos no infinito
Sentido algo mais...
Um amor




Restos...



Sinto no vento uma carícia
e entre dores passadas
o tempo a não passar...
Restos de folhas caídas
um abandono pouco a ficar
guardo na essência
morre os dias e
o véu cintilante a noite vem envolver
entre as lágrimas do orvalho



drama

domingo, 30 de outubro de 2011


Enquanto o dia vai raiando
fecho os olhos
lágrimas descem sem parar em silêncio
testemunhas de um grande amor
E, em meio as lágrimas...
sentindo uma saudade danada
com a alma lavada no sangue do coração

Viagem

sábado, 29 de outubro de 2011


Vejo você partir
Deixando saudades...
Na noite rastro de seus olhos
Seu corpo impregnado... ao longo dos anos...
São formas de pensamentos cheios de dor... abundante de amor
Da cor da vida
Que segue sem você

Fico por aqui, quietinha, no meio da madrugada chuvosa, pensando em você
Escutando um solo de guitarra
E, assim como o titulo da canção, que você tenha boas lembranças em sua viagem...

Sensação


Amanhecer, primeiros raios de sol
Há algum anos atrás...
O silencio aclamava as cores deste amanhecer...
apesar de toda profunda concentração por toda a noite
O ar transparência leve em direção as nuvens
Qualquer dor não era emanada naquele momento
A ilusão suavemente pousou e partiu...
Tão rápido quanto a paz e o amor
Essa sensação única seria esquecida
tal qual um sonho ao acordar ao longo do dia

Sem nome



Amo em silencio
Na companhia das montanhas, das flores...
Sinto o azul do céu, o brilho do sol
Respiro profundamente e absorvo cada pensamento e
tão rápido é a sensação...
Hipnotiza o caminho além dos caminhos... coração
AMOR QUE AMA SEM NOME

Alma



Minha alma opera no silêncio... a vibração é sútil
Os sentidos não são densos...
Moram nas dobras da alma
Sustentam meus sonhos...
Amparam meu despertar





Silêncio


Não há tempo algum que segure sentimentos...
Nesses tempos... onde impera o vazio existencial
A voz é silenciada no átrio do templo interno do coração
A solidão toca secretamente os pensamentos...
O vento sopra...
Viaja por entre os planos
Sussurra esperança...

Eu sei

sábado, 6 de agosto de 2011



Eu sei o que tu sentes em teu coração...
Porque eu também o sinto em meu coração
Tudo nos une
A respiração de tudo que respira

Mesmo à distância, tu e eu estamos juntos
Eu sinto o teu coração viajando pelo infinito, por onde viaja o meu coração...
Estamos tão longe e, ao mesmo tempo, tão perto...
Não sei onde tu moras, mas conheço o teu coração


Eu escuto a mesma canção secreta que tu escutas em teu coração
E eu sei da saudade que tu sentes, porque eu a tambem sinto


POEMAS DE RUMI


Já é tarde, muito tarde.
O sol já desceu o poço.
Mas a Beleza desponta,
No brilho claro da lua.
De noite as almas avançam
A cumprir os seus destinos.
Quem souber essa verdade,
Tem a alma transparente.
Qual abelha, tua alma
É invisível. Mas olha,
Olha a colmeia
Cheia de mel.
Olha teu corpo,
Como é pequeno.
Mas tua alma,
Maior que os céus.
Noite após noite, a alma
Em sonhos se dissolve.
E a cada sonho, a alma
Abeira-se da Forma.
És alma da verdade,
Ó sonho de meus sonhos.
És forma sublimada,
E mais não sei dizer.

Transpor

sexta-feira, 5 de agosto de 2011


Interpenetro o rosto de saudade no teu próprio rosto.
Transformo o teu rosto num sol
Imagina o frescor de uma noite tranquila em ti
Ou a luz das estrelas em teu coração
Interpenetro tuas mãos nas minhas próprias mãos e
sinto fluindo por elas...


Um grande amor de teu próprio Ser
E dissolve toda tristeza...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Estrada ensolarada

quarta-feira, 3 de agosto de 2011



Eu te escrevi isso
Espero que tenha recebido bem
Faz tanto tempo,
(que) eu não sei o que dizer
Eu viajei por aí
Através de desertos no meu cavalo
Mas, brincadeiras à parte,
Eu quero voltar pra casa
Lembra aquela noite
Em que eu disse que tinha que ir?
Você me disse que me encontraria
Na estrada ensolarada

É tempo, encontre-me na estrada ensolarada.
É tempo, encontre-me na estrada ensolarada.

Eu nunca casei
Nunca tive aquelas crianças
Eu amei tantos
Agora o céu fechou suas portas
Eu sei que eu sou má
Pulando em você desse jeito
Algumas coisas não mudam
Meu sobrenome ainda é 'Risco'
Eu lembro daquela noite
Há muito, muito tempo.
Você ainda me encontrará
Na estrada ensolarada?

É tempo, encontre-me na estrada ensolarada.
É tempo, encontre-me na estrada ensolarada.

Bem, é isso.
Eu estou ficando sem espaço
Aqui está meu endereço
E o número, caso precise.
Dessa vez, como na outra,
Nós acharemos qual caminho seguir
Agora venha e me encontre
Na estrada ensolarada


ALEM DAS PALAVRAS! (NA VOZ DE LETICIA SABATELA)


Dentro deste mundo há outro mundo impermeável às palavras.
Nele nem a vida teme a morte,nem a primavera dá lugar ao outono.
Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes,
até mesmo as rochas e árvores exalam poesia.
Aqui, a coruja transforma-se em pavão,o lobo em belo pastor.
Para mudar a paisagem,basta mudar o que sentes;
e se queres passear por estes lugares,basta expressar o desejo.
Fixa o olhar no deserto de espinhos.
- Já é agora um jardim florido!
Vês aquele bloco de pedra no chão?
- Já se move e dele surge a mina de rubis!
Lava tuas mãos e teu rosto nas águas deste lugar,
que aqui te preparam um fausto banquete.
Aqui todo o ser gera um anjo;
e quando me vêem subindo aos céus
os cadáveres retornam à vida.
Decerto viste as árvores crescendo da terra,
mas quem há de ter visto o nascimento do Paraíso?
Viste também as águas dos mares e rios,mas quem há de ter visto nascer
uma única gota d`água de uma centúria de guerreiros?
Quem haveria de imaginar essa morada, esse céu, esse jardim do paraíso?
Tu, que lês este poema, traduze-o. Diz a todos o que aprendeste
sobre este lugar.

Rumi

Uma vida não basta apenas ser vivida: também precisa ser sonhada.





Arte de Erik Johansson

As pessoas sem imaginação
podem ter tido as mais
imprevistas aventuras, podem
ter visitado as terras mais
estranhas. Nada lhes ficou. Nada
...lhes sobrou. Uma vida não basta
apenas ser vivida: também
precisa ser sonhada.

Mario Quintana



(MarthaHelenaperdaseganhosblogspot)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Saudades de ti


Eu bem sei, que nunca mais pensastes em mim
Como vou e como estou depois de te perder
Também sei mesmo a viver morri para ti
E o meu nome já mais voltastes a dizer

Eu bem sei, que nunca mais falastes em nos
Do que foi e do que fiz um dia por nos dois
Também sei, que sou silencio em tua voz
E só Deus sabe, só Deus sabe como eu estou

A Saudade de ti tomou conta de mim e me mata por dentro
Esta falta de amor nunca me abandonou dês de que eu te perdi
A cor da solidão pintou o meu coração de magoa em sofrimento
E assim é o meu viver nesta dor sem esquecer quem se esqueceu de mim

Eu bem sei, que nunca mais pensastes em mim
Se estou só, ou como tu até tenho outro amor
Também sei, que a minha vida já nada te diz
Só Deus sabe, só Deus sabe como eu vou

"Letra de uma musica de Tony Carreira"

Me perdi... no silêncio


Sempre foi impossível exprimir meus sentimentos...
Preciso refrear, disse eu a mim mesma
É preciso não se deixar perder nesse desvario
para tão pouco você saber...
por medo de nem seu carinho desfrutar
Por isso achei que deveria conter...
não sei a quantos infernos a minha alma lancei...
a quantas faixas a lua encobri
a quanto tempo o firmamento embriagou na completa escuridão
Tentando sempre dominar toda e qualquer emoção...
no meu modo de proceder, sempre vazão
as lágrimas que assomavam aos olhos e
em vão o abrigo de um lenço

Não foi portanto absolutamente só valor poético o meu drama
Foi dor profunda de atravessar aos extremos o ser... dilacerava o coração
dividido em dois mundos; exprimir ou calar-se
Por tudo optou-se o calar...
Não tivera a coragem ...
Ainda uma vez mais, lancei-lhe um último olhar...
e eu ali sabia q não mais chances teria de lhe exprimir
o que de mais intimo e doce a tempos nutria
não havia mais tempo para reparar meu vacilo.
Me perdi na observação do tempo...
Me perdi no meu intimo
Me perdi de tanto amor

Sua doce companhia



A suavidade, singeleza e carinho o afloravam
ressoavam constantemente em seu semblante
exerciam influência sobre toda a sua pessoa
Se perdia os sentidos...dificil lhe imaginar em desalento...
era tão impossível existir tristeza
Ao seu lado tudo era rumor que ensurdecia a todos
Suas próprias lágrimas eram carícias...que zumbiam o sangue
cada vez com mais força e seus beijos... ah...seus beijos....
se permanecia através das nuvens que se despiam e
deslizavam no sono dos sonhos... verdadeiros néctar
Ressoavam risos ao seu lado
Sua presença emanava uma vibração ao mesmo tempo calma
Atuava em seu ser uma força que continuava a fluir... quase sem ênfase.. quase que de modo silenciosa...
Era admirável estar ao seu lado, vê-lo, ouvi-lo, senti-lo...me sentia amada
Bondade íntima, uma irradiação aquecedora que penetrava até as profundezas da alma
Seu coração procedia com franqueza, uma dádiva
até em seus últimos cantos, recantos, tomados de verdadeira paixão.
Várias vezes, cruzaram-se os nossos caminhos...
Já não sei quanto tempo passou, poís os grandes momentos
estão sempre fora do tempo
Fecho os olhos e fico imóvel... vejo o fulgor de seus olhos
na obscuridade do aposento
Silêncio... e uma voz se faz cada vez mais clara e doce
e entre ternos soluços recalcados tento a serenar
pela desesperada saudade...
Presa da emoção mais intensa, meu corpo é sacudido
por descargas elétricas, ondas de frio e calor transpassam
a curtos intervalos
e um medo indivisível me invade
Abro os olhos... é só meu coração, no fundo do corpo gelado
que bate ferozmente no vácuo...

Quando o dia é longo e também a noite


Eu me olho...
Dentro do meu silêncio... é triste
Tão triste quanto os dias que não vêem o sol..
não sentem-se abraçados pelo seu calor
Assim me encontro... ausente
Não encontro a sua mão
embora tanto a procure
Sinto a tua distância...
não me responde
As canções, os entardecer...
não mais preenchem minha alma
são belezas alteradas pela dor
Nada muda...
Não há dias iluminados, minha luz é a escuridão
se é efêmera já não sei...
Sei... risos em lágrimas
As sombras não se dissipam e escurecem meus olhos
Não há como aplacar as vagas da inquietação
e dissipar as trevas em meu coração
O medo cada vez se aconchega e
minha alma encontra a intranqüilidade...
Cada pensamento novo pinga abafado
Esse misto de tristeza, solidão, dor...
Sensações que uivam,
Batem com estrondo, zunem mal humoradas e
varrem toda atmosfera
e permanecem a olhar-me atenta e a torturar-me...
Nunca me atrevi a uma resposta muda
meu ser se mantêm aniquilado, indefeso e submisso
E assim, vi-me do dia para noite
da noite para o dia

Partida



No dia em que te perdi...
descobri em poucos segundo
que ao te perder
perdera mais do que um pedaço de mim...
Eu mesma.
No instante em que você partiu...
sabia eu, que tudo seria poeira e cinza
que o presente se transformaria em amargura
minhas lágrimas em sal
o ar a respirar... pesado
os cenários não se completariam... se confrontariam
minhas emoções... medo de enfrentá-las...
assim me encontro...
tento amenizar as culpas...de gestos impetuosos
descobrir as coordenadas da vida
para resistir... enquanto é possível.

Percorrendo o passado



Quando se lança um olhar ao passado
e se recorda...
não se ouvem mensagens de palavras,
mas apenas murmúrios...
Se ainda pudesse recomeçar...
lançaria para fora a carga pesada sobre a alma
acharia eu o sim
sentiria tão intensamente em mim própria a
vontade plena de viver...
...traz de volta fatos e gestos passados...
são pequenos momentos, sorrisos...
entrechocam-se, somem, reaparecem
uma dor a roer... forte no peito
machuca, asfixia...
é dificil arrancar-me, desprender-me
vivo a rondá-los.
Desde sempre.
Uma porção de coisas miúdas... guardadas...
Que o tempo virou infinito e se fez lembranças...
Seiva doces para os outonos...
E restos para muitas saudades...

Da solidão

Extinguira-se uma grande chama...
Contudo ela brilhara e aquecera o coração
Não posso... e não quero esquecer os meus dias...
Remansos...em que deles você fêz cada amanhecer...
Com os olhos debilitados...
Lancei um olhar para o amanhã
Embora ainda distante...
Amanhã...

O que você fêz...



Não permanece a noite inteira acordada
mediante a pressão do dia
Vi desfazer-se de tal maneira, tudo o que havia
formado em torno de mim
as horas de emoção... da saudade... da ânsia... do riso...
Não pertenço mais a lugar nenhum... a lugar algum
Desprendi-me de todas as raízes...
Tão distantes... é o meu hoje de cada um dos meus ontens...
Tão distante é o meu hoje de cada manhã...
Tão diverso é o meu hoje de cada ascensão, de quedas, de tantas...
O equilíbrio já tão rompido... turbilhão
De repente tão sozinha... sem condições de conter qualquer movimento
Perdera-se o verão que temperava as noites
o sol que dourava os dias...
se esquecera até das sonhadas e doces estrelas...
Tudo alterou-se...esculpe a tristeza e a tecer...
Em outros tempos... um sorriso iria surgir naturalmente...
a saudade se encontrar naturalmente...
os sentimentos de ternura a criar forma em palavras...
e a sua presença uma constante, mesmo ausente...
Agora todo gesto morrem antes de se iniciarem... ou não chegam a completar-se
Momentos de ausência a entregar-se por completo
Não se sentir...
Olhando para o céu... esquecer de ti não vai ser fácil...
O que posso fazer...
Recomeço então, como sendo outra.


Provação



A saudade... começa a retumbar e trovejar
como se fendesse ao meio
Através desta atmosfera zunem massas metálicas.
Arremessa-se fogo e incêndio se forma
Raios partem para as nuvens
e atrás deles trovões
é como se a saudade quisesse saltar para o céu
ou o céu a precipitar-se sobre a saudade
Um mar de fogo inundou-me...
não encontro sossego...
nem a alma a paz
Espero que “alguém” estenda as mãos e
reconheça que já basta de provação...

Fundo da composição

Delicioso ar de radiosa manhã...
ainda que carregada de chuva
mas aos poucos polvilhada de sol...
Suave, fresca, úmida e brilhante...
Ar de pura primavera, aroma de campos floridos...
O firmamento brilha...
A luz do sol se divide em infinitas auroras
O mar agitado como o sangue
e a vida em florescência...
Desperta sonhos... e aos poucos ela própria se torna um sonho
O vento adormece... um pacto para que a noite ao cair... não faça frio
Tudo o que me cai sob os olhos...
não me cansa em contemplar... aguça a retina
e obriga a minha alma a unir-se a essa tão doce paisagem
a ponto de não perceber claramente qualquer pormenor...
Quando só então,
me vi arrastada por fios invisíveis... mostraram rapidamente um perfil
não tinha em sí nada de notável
somente, o fato de ser você
o fundo dessa incomparável composição


Se foi apenas paixão...



Não quero saber...
não quero para não pensar... não sofrer... não torturar-me
Só desde ontem comecei a viver...

Sempre mais rápido, sempre mais forte,
outros gritos, outros chamados,
novos gritos, novos sons
Todos os meus sentidos são para ti
a sorver o sangue de teu corpo
Fazei ressoar a meu ouvido a inimitável música...
vibrante
Nada poupes...
Num abrir e fechar de olhos...
uma onda de centenas de fagulhas dispersa-se
e em sua nudez dourada deixa cair o manto da noite
Tudo respira, tudo se rejubila...
Estendendo-se para o céu profundamente prateado
os pequenos brotos das flores, enfeitiçados pelo sereno azul
procuram embalsamar o ar...
Sente-se mesmo claramente, o hálito tímido dos jasmins
em Flor no coração
Se foi apenas paixão...
Não quero saber...
Não quero para não mais pensar...
Para não mais torturar-me

Falando pra você...

(Ternamente sorrindo-lhe...)
Creia-me, falo-lhe na verdade, sinceramente
enquanto as palpitações do coração além de descompassadas
são demasiadamente fortes...
Uma alegria transbordante e ingênua
invade-me... atingindo o ar com inabalável candura...
...é que a verdade –
o amor em toda a sua intensidade ultrapassa
qualquer forma de arte.
Que medonha tensão do espírito!
Percorre-me um calafrio que por inteiro estremece o corpo...tão brutamente
me é revelada a tão simples verdade
Perdoe-me, mas estou absolutamente entusiasmada com minha descoberta
Só nesses momentos... me sinto realmente viva e verifico a fundo a fantástica
diversidade da vida...

Era uma resposta...

Não era o alvorecer o que tingia de rubro a terra...
A luz de que outros foram...
você iluminou a estrada,
toda fonte de claridade
que outros apenas passaram...
Um amor mesmo abstrato,
contudo sempre lúcido
Um amor mesmo complexo
contudo uma soma e não unidade
Nesse período um só elemento definido:
um coração tão infatigável quanto ativo
não teme ataques, não conhece hesitação ou dúvidas
Dotado de hipersensibilidade
Até num simples olhar...
Em lugar nenhum é tão fácil assim amar...
com a mais elevada essência
Mudanças suaves... um mundo sem pressa
Viver... uma atmosfera de receptividade
para tudo colorido, sonante...
como variante o reflexo de toda ternura
pouco importando se no palco ou na realidade
Esquecendo qualquer constrangimento causado pelo
espaço e pelo tempo
Um espírito sem entraves, em um espaço livre
propenso a esvoaçar... leveza,
dando-lhe asas a um vôo imperturbável...
Tempo para mergulhar os olhos
aos desejos do âmago da alma
Não é meramente um elemento do acaso que conserva
umas e outras lembranças... mas sim uma força
que a noite não adormece e nem escurece
que o dia não sufoca com seu fugaz brilho
Respiro mais uma vez...
a fim se sentir mais intensamente
mais sensorialmente,
a atmosfera, a fim de,
no mais verdadeiro sentido,
respirar o ar desse momento
Há um brilho alegre...iluminado
Aproxima...
amor
só o amor

reconciliação

Suspenso sombrio horizonte
a paisagem começa a guarnecer-se...
Pequeno relâmpago branco dá sinal e
um rufar de tambores a chuva metralha
despenhando-se em trombas...
Aos poucos o céu recupera o seu cobre polido e
adquire um resplendor azul...

amar-te-ei


Por tanta doçura...
em que puseste em minha alma,
Enquanto me durar a vida
amar-te-ei.
Despertaste em mim
através do teu espírito que alimenta amor
e o qual impele em meu rosto entristecer...
este amor que penetra no meu íntimo,
flamejando com tanta ternura
Em ti me encontrei
Em ti o céu me rodeia
As estrelas que te cingem radiantes iluminam a minha vida
Um sonho sublime...
Sono da imortalidade

Profundidade de sentimentos

Cai gota no ar espesso
O ardor com que, ao invés de ocupar meus pensamentos
se entregou a sua existência
Então, lentamente pouco a pouco
as pupilas que só tomavam cor intermitentemente ,
como um farol de luz descontínua,
encheu-se de azul claro, cintilante, ardente
echeio de alma formado pela profundidade de teus sentimentos

Caminhos do amor

irisdos.gif

Em algum horizonte a vontade superou em desejos
Sem nos preocuparmos com o calor que nos inundava
bebíamos do sol a fervilhar o sangue
Com violência batia o coração
estreitamente ao corpo suado
A partir desse momento
nasceu entre nós
um sentimento com ardor sem ceder a cada dia
Calor, sol, absorvidos pelos poros
nos aproximaram cada vez um do outro

Junto a mim


No fundo brilha apenas uma luz
fluída da figura da lua
Secreto asilo de minhas lembranças, arrancadas lentamente
alvejando as sombras...
Um hálito aflora em meu rosto,
cálido manto de instantes
Aproximam-se e murmuram baixinho
Seu nome

Tortura

Não pelo fato de haver encontrado um refúgio
eu estava em desespero pelos seus beijos
tinha tamanha sede
desejava-os ardentemente sem consciência
Relatava voluntariamente ao travesseiro macio
Fui covarde,
E não ousei dizer “sim”

Primeiro contato

Me sentia mal nesse silêncio,
atestava sua indiferença
Seus olhos preguiçosamente adormecidos,
como luzes que estão se extinguindo,
lançou um vago olhar sobre mim,
eu o pude contemplar
Me senti atordoada, entorpecida
vacilei diante da corrente de ar.
Seus olhos eram cheios de luz
Eu o olhava e tremia,
senti a ferver nele uma cólera furiosa,
um desejo de paixão que apareceu.
Tudo vibrava na perversa alegria dessa tortura.
Convulsivamente tive contato e
por momentos nossos olhos brilharam.
Em seguida os seus,
submergiram nas doces pálpebras

Iluminação perturbadora

Sentia tensão entre nós.
Silêncio violento e cheio de gritos interiores.
Uma corda a esticar a ponto de romper-se.
Tanto se aproximava um estado de letargia quanto vivo.
Misturavam e dominavam alternativamente o coração.
Diante de surpreendente ansiedade,
o medo caía ensanguentando o rosto.
Traços crispados pela paixão iluminavam as fisionomias.
Lábios sonhavam, suavemente entreabertos,
sorrisos espalhavam em repouso
como doces ondas saindo do peito.
Em volta, um halo angelical gravavam sem igual,
havia uma reação paradisíaca,
agora uma libertação de todo o peso interior,
um alívio.

Destino de um coração

Uma flor sem dedicação,
encontrada em qualquer lugar da montanha.
Deixaram-na só.
Logo se fatigou da solidão.
Apalpado o corpo,
coração inerte, desvanecido.
Deixara de se fazer sofrer.

Meu Eu e a paisagem

Do céu nenhuma gota,
atmosfera açafroada pelo calor
Já de manhã o sol, amarelo e com brilho,
amortecia a natureza,
emanava brancacento vapor.
Plantas murchando, folhagens languescendo e
córregos preguiçosos em movimentos desocupados.
Um sonhar vago de chuva
deixando desejos em estado de desânimo.

Sem porto

Vivo, deixando-me viver por aquele que,
naquela noite eu o sentira pela primeira vez.
Para onde me levará,
não o quero nem saber...
Talvez de encontro ao abismo ou para a luz.
Não quero saber...
Creio que só se vive quando não se procura saber,
nem descobrir o enigmático do destino.

S.O.S

Permaneci ingênua, sozinha,
olhando para o meu reflexo de luz, firme.
Fitando estarrecida minha ilha de luz
Por vezes, fascinada pelo clarão,
muitos olhavam também,
mas todos esses olhares somente resvalavam...
Ninguém me queria,
ninguém queria tirar-me da solidão.

Encarcerado coração

Uma vez meu coração fora preso à meia-noite
De certa forma, sem tortura.
Encarcerado pela paixão
e por ocultar o tanto a lhe amar.
Lutava com todas as forças para encontrar
uma defesa e para sair da confusão em que se meteu
Ameaçava-lhe o exílio
mas na hora, no tempo exato pelo destino
as portas foram abertas,
e em posse da liberdade,
e ante a emoção
do seu aparecimento
Abriu caminho,
uma esperança,
aquecendo o coração.

labirinto

Uma luz parecia clareá-lo
Uma profunda ternura punha-se nele
Seu reflexo aquecia minha alma
Doce tormento imaginar
Entrando em sua vida e
ao mesmo tempo,
num labirinto,
ignorando o caminho
de seu coração.

Vaga de fogo...vertigem de amor


Um beijo selvagem...
tremor convulsivo de seu corpo,
passando pelo meu
Minha alma numa entrega
sem noção de tempo
deixou de me pertencer...
As palavras tropeçando uma nas outras
Emoção no olhar,
fosse por sentir tudo o que é para mim
ou então, por apreciar esse ardor de meu ser
Inebriada por cada um,
minha impetuosidade se fazia
cativante quanto devastadora ao entregar-nos
com todos os sentidos
e nossas almas possuidora por essa efusão


Uma vez, somente única


Nunca mais tornei a vê-lo
Nunca mais revoei em sonhos...
Ausência
Frágil existência
Sinto que não amei ninguém antes dele
e que a ninguém amei mais do que ele

Acontecimento fulminante


O sol e o vento brincando em minha pele
fizeram renascer e retomar em mim uma paixão
com plenitude de minhas forças.
Vibrando todos os músculos,
faltando-me fôlego
Senti a necessidade torturante de alcança-lo...
Lançou-me um olhar e sem retardar o ritmo ardente
respondeu-me:
Por que não?

Preciosos segundos, minutos, horas...furtivo tempo


O mais forte olhar tem-se de cada viagem vivida
não tão longe de muitos, vários e quais momentos...
Uma leve tristeza diante das lembranças
Tudo se torna cada vez mais distantes,
tudo se nivela a uma saudade
Cada vez mais se evapora o aroma delicado
mais depressa as cores do dia-a-dia desfazem
sob a camada de um verniz,
reforçando as formas visíveis do exterior da vida.
Entretanto, o passado descansa...
fazendo-se luminoso silêncio,
silêncio que ilumina o resto de ar.
Aquece
Sensação que enriquece as próximas passagens,
impedindo muitas vezes que se tornem e se elevem
rijas até o coração

Eu




Amanhece... e ainda
sinto o coração em desalinho
a alma permanece confusa, dolorida
Uma sensação estranha toma o comando
Com facilidade lágrimas, sorrisos afloram
Não defino o que sofro e o que me alegra
Se, saudade... nostalgia., amor... novo amor, doce paixão,
mudanças...desilusões, medos...inconstância, permanência
ou minhas limitações...
Não encontro soluções.
É como viver no fundo do oceano,
nenhuma vaga se move, morta, silenciosa
Ali também, ao mesmo tempo calmo é perturbador...
Aos poucos se anseia e esforça –se a alma
para compreender, viver essas múltiplas oscilações
Quem sabe, incomensuráveis emoções
do mais profundo da alma, tentando dilatar-se
entre desejos e preces que voam de um a outro canto
tentando sair por encanto ao longo de um labirinto.

Doce pedido


Dancei de alegria no meu íntimo.
O enchi de orgulho e de felicidade
ao reler e correr as últimas palavras.
Segurava-as, apalpava-as carinhosamente
e já na minha imaginação sonhava prematuramente em poder fazer parte desta obra.
Tudo em mim se refletia radiante e eternecida
Então lentamente junto a mim, aproximou a realidade e examinou-me.
Pouco a pouco, meus olhos que só de alegria e tomavam colorido,
encheram-se de cinza e de tristeza a alma
elementos formaram a profundidade da água
pela profundidade de sentimentos... as lágrimas.
Avançaram, penetraram e derramaram em meu ser.
Em meu peito senti desabrochar uma perda de uma doce oportunidade e talvez não haveria tempo algum fosse possível repô-la.

AMIZADE...


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Meu tempo

terça-feira, 19 de julho de 2011


No pequeno lapso do tempo
sinto tão diverso o meu hoje
De cada um dos meus ontens
tais foram meu altos e minhas quedas
Várias existências...
“Minha vida”

Apesar


Recordo-me de todas as noites... o íntimo dos sentimentos
Sempre assim... de um lado meu amor eterno do outro, vaga certeza
Uma luz deserta
Estampido do vento...
Eu a rolar lágrimas... dentro de mim
Tu és o meu sentido
Deixo-me...
Entenda o meu murmúrio pela extremidade do seu coração.
Fujo por ti....
No fundo da fria luz meus olhos buscam os seus...
Não me deixes...

Minha canção

sexta-feira, 8 de julho de 2011



Minha canção te envolverá com sua música, como os abraços sublimes do amor. Tocará o teu rosto como um beijo de graças. Quando estiveres só, se sentará a teu lado e te falará ao ouvido. Minha canção será como asas para os teus sonhos e elevará teu coração até o infinito. Quando a noite escurecer o teu caminho, minha canção brilhará sobre ti como a estrela fiel. Se fixará nos teus lindos olhos e guiará teu olhar até a alma das coisas. Quando minha voz se calar para sempre, minha canção te seguirá em teus pensamentos.

Rabindranath Tagore

Transe poético



"O transe poético é o experimento de uma realidade anterior a você. Ela te observa e te ama. Isto é sagrado. É de Deus. É seu próprio olhar pondo nas coisas uma claridade inefável. Tentar dizê-la é o labor do poeta."
( Adélia Prado)