A Terra é um Ser Vivo

sexta-feira, 12 de julho de 2013

“Há pouco tempo Gaia se olhou no espelho pela primeira vez. de seu cérebro a fotografaram da Lua.
Ela se achou magnífica, azul, verde, diáfana.” A frase é do ecólogo e engenheiro agrônomo José Lutzemberger e se refere à Terra. Para ele, Gaia, nome poético que a mitologia grega dava à deusa da Terra, é um ser vivo. Os seres humanos são células, algumas cancerosas, de seu tecido nervoso.

NA ATMOSFERA DIÁFANA (Onde os Poetas se Encontram)


Todo poeta só tem um olho:
O do coração.
É por onde ele vê as coisas do mundo.
E por onde as coisas do mundo falam com ele.

Essa conversa ocorre em silêncio.
É colóquio de um plano virtual.
Mas é real, no espiritual.
Pois transcende o que se vê com os dois olhos.

O poeta está ligado, em Espírito, a algo maior que ele.
Ele é filho de outras atmosferas, diáfanas...
É portal vivo, lúdico, por onde os sonhos viajam.
Outros reinos convivem no reino de seu coração.

Às vezes, o poeta olha no vazio, e vê!
Então, os seus olhos brilham muito.
Ele sente a alma de outros poetas.
Sente que estão ligados, em Espírito.

E não importa onde eles estão;
Estão juntos, no mesmo coração.
Uma mesma canção os une.
A mesma Atmosfera Diáfana os envolve.

Ah, esses poetas inspirados...
Que falam de coisas invisíveis aos olhos;
Que lembram aos homens de algo mais...
Que se atrevem a sonhar com um mundo melhor.

Parece que a lira do destino tocou em seus corações.
E as estrelas desceram até eles.
Tomados de sutil encanto estelar, eles viram:
O lúdico era mais real do que o real.

Eles viram: muitos sonhos não eram sonhos!
E canções e poemas também curavam.
E eles disseram: “Não basta só sobreviver.
Para viver, é preciso sentir.”

Eles aprenderam aquilo que ninguém ensina:
A arte de ver com o olho do coração.
Aquilo que os olhos não veem, e a mente não entende:
O espiritual, o lúdico... Tão próximos e reais.

Sim, os poetas se sentem, mesmo à distância.
E sabem que nem a morte pode impedir isso.
Pois eles veem o invisível e se inspiram mutuamente.
Eles conversam sem palavras, na Atmosfera Diáfana.

Há algo no ar, e eles captam.
Há algo na música, e eles sentem.
Há algo na vida, mais do que viver, e eles sabem.
Há algo neles, maior do que eles mesmos.

As luzes sutis dançam além, e eles veem...
Quando dormem, viajam até o céu dos poetas.
Ali, não há poetas mortos, só amigos que se sentem...
Em espírito, eles sonham e escrevem juntos.

Às vezes, alguns deles se lembram dos encontros astrais*.
Então, eles escrevem alguma coisa.
Sabem que poucos compreendem a atmosfera diáfana;
Mas escrevem, mesmo assim, pois há algo mais...

Há algo mais neles, maior do que eles mesmos.
Há algo mais na vida, e além dela...
Por isso, seja como for, eles escrevem sobre o lúdico.
Eles sabem que há outros corações que sentem e veem...

Wagner Borges

Caio F. Abreu

sexta-feira, 28 de junho de 2013


Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. 


Em construir castelos sem pensar nos ventos.

Sou feita...

sábado, 1 de junho de 2013

Sou feita de emoções inteiras. Saudades coloridas. Histórias bem vividas. Sou feita de riso fácil, coração manteiga, olhos vidrados. Sou feita de certezas, de pedaços de terra firme. Sou feita de sonhos, de amores, de alegrias exageradas. Sou feita de calmaria, pulso firme e adrenalina. Sou feita de choro contido, de coração atrevido, de abraço sem fim. Sou feita de frases soltas, palavras bonitas, rimas apaixonadas. Sou feita de vontades malucas, desejos secretos e verdades singelas. Sou feita de sonhos. De uma fé incrível que me deixa de pé.

(Marcely Pieroni Gastaldi)

O poeta

O poeta não é somente aquele que é capaz de escrever o que sente, e sim aquele que é capaz de sentir o que escreve

Adilson Costa

Às vezes ...

...sinto falta das coisas que deixei pelo caminho...
Dos sonhos que abandonei, do amor que eu desisti,
Das pessoas que eu perdi, de outras que me afastei...
Do que podia ter sido e não foi,
Do que deixei de ser quando permiti que fossem.

(Ana Gaúcha)

Amor

"Amor que nasce livre, sem necessidade de posse,
onde o único desejo em comum é a felicidade do outro,
é um amor puro... que faz casa na alma!
É a sublime ternura de sentir a presença constante de um anjo
que Deus nos envia para preencher os espaços vazios
e acalmar o coração.
Permite a sensação de proteger e ser protegido...
Mesmo quando os olhos não se encontram
é incrível como uma alma percebe a outra...
Sei que vivo em ti e sabes o quanto de ti vive em mim
e isso nos basta!"

(Ane Gaúcha)

Se sou razão ou emoção?

Eu diria que tento constantemente equilibrar os dois...
O problema é que existem emoções que me fazem esquecer a razão...
(aí o bicho pega! =P)

(Ane Gaúcha)

Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ela o amava. Ele a amava também. E ainda, que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.


He Loves : paper collection Happy couple  Vector
Foto
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Fernanda Gaona

O tempo passa com uma rapidez absurda e deixa todos os tipos de marcas em nós. Uma linha de expressão ao redor dos olhos pode parecer 'o fim' em um primeiro momento, mas sei que nela estão contidas histórias que um livro todo não poderia contar. O tempo muda nosso corpo, nosso rosto, nosso jeito de ver a vida. E no final das contas de que importa um quilinho a mais ou uma ruguinha nova se minha alma está mais em forma do que nunca

E você percebe..

"E você percebe que guardou coisas demais. Sufocou palavras que precisavam sair. Aguentou, calado, dores que não deveriam ser suas. Guardou uma sensação de vazio porque não teve coragem de preencher com a tua felicidade. E você percebe que deveria ter chorado, aos prantos, para sentir a alma sendo lavada. E você guarda culpas que não deveriam estar ali. O coração medroso se fecha, se retrai e acha que precisa segurar as pontas sozinho. E você, portador deste coração, sofre, se arde... se guarda mais uma vez. A coisa a se fazer seria dar um grito, nem que assuste todas as borboletas do teu estômago e elas saiam voando, mas talvez, levem junto com elas, para um além mar, todas as dores que estavam lá dentro. E finalmente sentir uma leveza, porque muitas vezes você guarda coisas que te impedem de flutuar. O que teria que se fazer é uma varredura... eliminando todo e qualquer excesso que te impeça de alçar voo e ir até o céu... refazer os desenhos nas nuvens e colorir um arco-íris."

(Scheila Azevedo Hinnah)

Doces e cruas...

Caminhamos em círculos, pegamos atalhos, pulamos degraus, corremos contra o tempo, ficamos em cima do muro. Preparamos resposta, ensaiamos sorrisos, combinamos roupas e intenções, encaixamos nossos sonhos em planos e os planos na nossa falta de tempo, ou de dinheiro.
Vendemos as horas do dia para comprar as horas da noite. Envenenamos o corpo e queremos libertar a Alma. Por hábito, cultivamos medos e mornos tons de cinza.
Nos apegamos aos detalhes e perdemos o principal.
De inúmeros jeitos nos poupamos e nos desperdiçamos, conforme doces ilusões ou as cruas verdades que carregamos.

(Guilherme Antunes)

Recohendo tudo

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Tudo que ficou "jogado" pelo caminho.
O que for bom, guardo... o que não foi, jogo fora da memória... e do coração.
Levo comigo, os sonhos e a esperança que tenho... e tento dormir... agarradinha em meus ideais... o amanhã logo vem...
Quero acordar feliz, banhada dessa esperança, que me move e me faz caminhar, junto dela, minha fé, incontestável... sempre!
E pra amanhã?? Apenas acordar, ver o céu azul manto mar... com ou sem neblina... sei que estará lá.

(Luandrade)

Entre um e outro...

Às vezes é tanta dor e tanto intenso
que palavra nasce doendo,
que o verbo nasce gritando,
e o verso envasa o imenso
em que o Amor encontra-se lendo
entre um porém e um entretanto.

(Guilherme Antunes)

GUILHERME ANTUNES

A poesia alivia dores e agrava as cores. Quando versa o desamor, ao mesmo tempo nos encanta. Ao falar de saudades, ensina-nos presenças. A poesia carrega em si cenários muitos, contrários tantos e contrastes outros, convidando-nos na palavra mansa, provocando-nos na letra imensa, e costurando no imaginário a nossa colcha de verdades a se descansar os olhos.


GUILHERME ANTUNES

"Talvez seja a lembrança quem mais doa, 
do que a própria dor que agora ecoa. 
Pois a minha dor é poesia, 
de um verso meu em agonia, 
que por destino irá calar.
Morri sem saber viver. 
Vivi sem saber amar".

Apaixone-se...

" Apaixone-se pela manhã que todos os dias te levanta com os pés firmes no chão.
Apaixone-se pelas canções que mesmo quando todos se calam, ainda sussurram o refrão em seus ouvidos. Apaixone-se pelo hoje, que te faz respirar, enxergar, sentir, viver "♥
(D.A)

Atenção

domingo, 17 de março de 2013

Foto: Curso de Poesia para Adultos!

Peça

Vende-se...

e você...?


um pranto que a mim derrama..
que o dia faz padecer e
a noite sensação de profundo vazio...
Nem o tempo a passar.... muito menos o coração...

Viver

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013




Viver é algo que vai além do tempo,
é mais do que conquistas e sucessos passageiros,
é saber que o valor de nossa existência
consiste em deixar, por onde passarmos,
um pouco de Deus!

(AD)

Foto

Gibran Kahlil Gibran

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


É aquele momento em que a Vida passa da sonolência para a alvorada. É a primeira chama que ilumina o íntimo mais profundo do coração. É a primeira nota mágica arrancada das cordas de prata do sentimento. É aquele momento instantâneo em que se abrem diante da alma as crônicas do Tempo, e se revelam aos olhos as proezas da noite, e as vozes da consciência. Ele é que abre os segredos da Eternidade para o futuro. É a semente lançada por Ishtar, deusa do Amor, e espargida pelos olhos do ser amado na paisagem do Amor, depois regada e cuidada pela afeição, e finalmente colhida pela alma.

O primeiro olhar vindo dos olhos do ser amado é como o espírito que se movia sobre a face das águas e deu origem ao céu e à terra, quando o Senhor sentenciou: "E agora, vivei!"

cinemagraphs


Gibran Kahlil Gibran




Nossas almas são como flores tenras à mercê dos ventos do Destino. Elas tremulam à brisa da manhã e curvam as cabeças sob o orvalho cadente do céu.
A canção dos pássaros desperta o Homem de sua insensibilidade, e o convida a participar dos salmos de glória à Sabedoria Eterna, que criou a melodia de suas notas.
Tal música nos faz perguntar a nós mesmos o significado dos mistérios contidos nos velhos livros.
Quando os pássaros cantam, estarão chamando as flores nos campos, ou estão falando às árvores, ou apenas fazem eco ao murmúrio dos riachos? Pois o Homem, mesmo com seus conhecimentos, não consegue saber o que canta o pássaro, nem o que murmura o riacho, nem o que sussurram as ondas quando tocam as praias vagarosa e suavemente.
Mesmo com sua percepção, o homem não pode entender o que diz a chuva quando cai sobre as folhas das árvores, ou quando bate lentamente nos vidros das janelas. Ele não pode saber o que a brisa segreda às flores nos campos.
Mas o coração do homem pode pressentir e entender o significado dessas melodias que tocam seus sentidos. A Sabedoria Eterna sempre lhe fala numa linguagem misteriosa; a Alma e a Natureza conversam entre si, enquanto o Homem permanece mudo e confuso.

Mas o Homem já não chorou com esses sons? E suas lágrimas não são, porventura, uma eloquente demonstração?


william shakespeare





O poeta olha para o céu num frenesi, lança um olhar do céu à terra, e da terra ao céu; e enquanto a imaginação do poeta desenha os contornos de coisas desconhecidas, a pena do poeta dá-lhes forma e atribui a esse nada etéreo um endereço e um nome.


MÁRIO QUINTANA





O que o vento não levou...

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:

um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas,
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...


O amor


O amor de verdade sobrevive à falta de luz, à falta de bateria, à falta de ambientes com W-Fi.
O amor de verdade só morre quando falta um coração!

Ricardo Coiro

Jack Johnson - Constellations

Escrevo...



Escrevo por isso.
Porque para mim a poesia tem o poder de transformar o tempo e a vida fazendo-os passar mais devagar aos nossos olhos, ou nem isso, quem sabe até mais depressa, mas com certeza mais intensamente, menos vazia.

(L A Santos)

FATALIDADE






Não sei tecer
senão espumas,
nuvens
e brumas.
Coisas breves,
leves,
que o vento desfaz.

Como prender-te
em teia tão frágil?

LUISA DACOSTA, in A MARESIA E O SARGAÇO DOS DIAS (Ed. Asa, 2007)
Pintura de © Duy Huynh

Mario Quintana - Il. Laure Phelipon


No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento!...

Viver Feliz

Paulo Coelho

Solidão

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013




Hoje, alguém me falou sobre um vazio no coração e sofri a mesma tristeza...
e resolvi viajar junto
Então, me calei... Fechei os olhos silenciosamente
Mergulhei no oceano deste olhar
E nesse encontro,  levei o tempo
Este suavemente ensinou a voar, além dos sonhos...


Do chão...


Há  paisagens que às vezes não são de cores... castanho, ou negro. Só vem a morrer... porque chegou o seu último fim. Aos gritos.  Não faltam só cores...Há dias tão duros e frios...outros em que se não sabe de ar para tanto calor. Quieto o vento, não se dá por nada, nem mesmo passando perto. O céu tanto lhe dá por faltar... e para baixo desmaia-se em barro por fado de vida, tendam com o tempo a fechar-se entre deserto. Almas mortas, ou ainda vivas?  
Uma enorme massa de nuvens, densa e enrolada, mergulha mal definido ao descampado que  parece inatingível, uma comparação, seria talvez saudade. Ameaça cordas de água regular, mas daquelas para muitas horas... se é o céu que molha, se a paisagem que encharca...são os desabafos quando outros de melhor consonância se estão longe... e por suas razões vai atravessando... e aclarando o  o que não estava, antes mais carregado de ti. Por diferentes palavras mas igual sentido se explica o lamento...  meu coração defeituoso, ainda está bem...