Extraído do livro "Pequenos Contos de Grande Luz" da Mãe.

quinta-feira, 30 de abril de 2009







A GRANDE LUZ

Uma tarde, numa grande cidade de um região chuvosa, avistei sete ou oito carros repletos de crianças. Haviam sido conduzidas ao campo, pela manhã, para brincar na relva. Mas o mau tempo as obrigara a regressar prematuramente, sob a chuva. 
Apesar disso elas cantavam, riam e faziam saudações travessas aos transeuntes.
Com esse tempo, melancólico, elas conservavam sua alegria. Se um delas se tivesse sentido triste, as canções das outras a teriam alegrado; e para os transeuntes atarefados que ouviam os risos das crianças parecia, por um instante, que o céu estava menos sombrio.

Autor Desconhecido

sábado, 25 de abril de 2009

Sonhos


A maioria de nós esqueceu como sonhar. Trocamos a capacidade criativa por
segurança. As mudanças atuais são o despertador universal nos convidando
para lembrar dos sonhos e esperanças. Este é o momento de perceber que além
de nós existe Deus atuando.
Quanto mais lembramos do sonho, mais alerta ficamos p/ as coincidências e
sincronicidade que nos levam em direção à ele.

SEM PODER EXPRESSAR...

quinta-feira, 9 de abril de 2009





Eu era alguém que morria de sede em pleno rio.
Contudo, via esse tormento aumentar em cada olhar de cada dia,
em horas, ora períodos curtos, ora arrastando-se,
ora longe, ora aproximando-se.
Palavras estranhas tudo se combinava e se unia,
às vezes separavam-se.
Todavia era uma liga, uma união,
de ardente desejos,
uma grande ânsia sem ter como dizer...


AMA - ME ?

Embalar-me...
Pressentindo a primavera
me senti leve, transportada
e deliciosamente a adaptar
melhor ao meu sentimento
Ar puro, céu azulado
abordo do murmúrio do mar
calmamente entregue
aos florais do vento
Penetro nesse cenário
Para conter o amor à ordem
mas essa ebriedade
apodera-se do meu ser
e tenho que reprimir, coordenando
para que este não perca
o colorido e não se altere

POR AMOR A VOCÊ

Embalar-me...
Pressentindo a primavera
me senti leve, transportada
e deliciosamente a adaptar
melhor ao meu sentimento
Ar puro, céu azulado
abordo do murmúrio do mar
calmamente entregue
aos florais do vento
Penetro nesse cenário
Para conter o amor à ordem
mas essa ebriedade
apodera-se do meu ser
e tenho que reprimir, coordenando
para que este não perca
o colorido e não se altere
 

DELITO DO AMOR




De súbito estremeci
quando me olhaste
com poderes sobre mim
Conheci o meu delito
Deste ato, arrancou-me medo
por um momento detive
o palpitar do coração
Senti em minha volta
uma pressão de ferro
Fiquei transita de susto...
fiquei tão amedrontada,
tão paralisada como fulminada por raio,
quis desvencilhar-me...
mas a vontade era inerte...
E eu...
sentia vagamente
que algo me puxava,
sem que tivesse consciência
do que estava fazendo
A princípio esforcei-me por acreditar
que não passava de um sonho...
de um sonho tão confuso
mas diante das janelas,
brilhava a luz da manhã
Eu não estava sonhando e
sim acordada
Achei-me sozinha...
em um quarto estranho,
com alguém estranho,
de que até hoje não sei o nome
Por todas as potências do céu
fosse com quem fosse...
Fizesse o que fizesse...
Tudo fora real.
Com embaraço...escondendo o que senti...
Tinha dado todos os meus gestos
capazes de exprimir tão puros e doces sentimentos
de um modo sensível e belo
Um gesto de tão ternura
que brilhava como uma paixão
que se irradiava através do corpo

SONATA AO LUAR



De alguma parte,
uma música abafada e
instintivamente a escuto,
pois tudo me acalma.
Deixo-me levar neste meio ondulante.
Os sentidos despertos nesse aroma.
Altivamente a vida aflora.
De certo mágico misturam-se cascatas,
talvez rumores do vento que se arremessam
nos balanços pelo espaço.
Abundância de prazer,
penetrantes estremecem,
cambaleiam com fragor, forte,
que parece emanar da própria terra.
Brama dentro do meu ser uma orquestra inebriante
Plenitude eterna
Êxtase de tua existência.
Eu apenas compreendia que vivia,
que respirava, que sentia, enfim
sentimento este, primitivo e simples,
que há tantos anos não me vinha,
e agora enche-me de doce embriagues.

LIMITAÇÃO DE AMOR


Um grito foi tudo que transbordou nas últimas horas...
Jorrava um dilúvio de palavras emaranhadas
O rosto banhado em lágrimas, há semanas incubadas.
A dor vinha de uma profundidade aveludada,
quase imperceptível, torturando o coração.
Então, lentamente uma sensação veio para junto de mim,
bem perto de mim.
Como que, suas mãos estendidas para segurar as minhas
e pouco a pouco as pupilas se encheram de azul e
desabrochou na saudade.

SEU ROSTO



O lindo dia que fazia,
a tristeza só encontrou o vácuo.
O sol inundava...
não me mexi.
Parecia-me que podia ficar assim
durante mil anos,
contemplando com prazer as nuvens,
saboreando com delícia o doce zumbido do vento
que coava através da natureza
e refrescava a minha pele.
Como estrondos, os pensamentos
atravessaram o cérebro e na maior doce desordem
e mergulharam na sua sombra.

AZUL




O mar abraça o amor na minha alma
Além ainda mais além...
Como concha do mar
aberta em asas do céu

Numa infusão de paixão
abro as janelas de minha alma
num ímpeto meigo de alegria
ir e vir das brisas
distinto som do meu instinto
no intervalo de mim cresce luz
saudade estranha
um frio amarra-me o corpo
olho o horizonte
sinto o ar entre eu e o mar
e nessa sombra inebria-me de azul

CÉU DO CORAÇÃO



Em cada momento

Vejo tua marca

Misturado nas lembranças de alegrias

E nas outrora tristes esquecidas

No chão, não mais passos...

No céu, não mais ecoam ao som de estrelas em estrelas.

Estou pronta para ti

Inspirada nos sonhos a iluminar meu coração

O AMOR NOS CAMPOS DO CORAÇÃO


Caminhando entre passagens cheias de flores

O vento deixou pétalas e folhas

Entreguei-me silenciosamente

Porque tu és dentro de mim

Entre a Terra e o Céu...

Onde só a alma habita

puras linhas entre as estrelas,

e as infinitas portas dos campos...

Entre memórias... sonhada de ti

Uma semente em si própria abre-se

despida no centro do peito,

um brilho de lágrimas à flor do olhar.

Toma este segredo de pétalas

alongadas, vermelhas, a cair do céu.

Selei para proteger

Esforço inútil

Por isso o lancei no poema

Por guardar-se o que quer guardar.

SEU TOQUE...



Encontros furtivos...

à meia noite

a meia luz

na nudez do luar

num silêncio qualquer

na deriva TU e EU

nas águas do prazer...

ao aroma, suave essência que nos unia

Cúmplices nos ecos de suspiros...

Embriagávamos no doce licor carnal

VOU...

Beauty in petals Royalty Free Stock Photo

Vou abrir meus olhos ao amanhecer

e no clarear do dia perceber

você e sua presença constante.

Nas ruas de minha vida vou andar

e seguir você em cada passos que eu dar.

Te sentir em mim a todo instante.

Vou colorir meu dia com sua lembrança

Irradiar saudades por onde ue for.

Sorrir lembrando do seu sorriso

fazer tudo o que for preciso

para encher sua vida de amor.

Vou acalentar meu sonho verdadeiro

unir nosso amor e fazê-lo inteiro.

Nas suas lembranças adormecer.

Desejar que se tornem realidade

fazer do faz de conta verdade.

Torna-lo eterno e não passageiro.

Vou chorar por não tê-lo comigo

quando procuro em seu peito um abrigo

Vou fechar meus olhos e perceber

Buscar consolo na minha lembrança

e dela fazer minha esperança

de novamente te ver e dizer:

O quanto "eu amo você!"

ESCURIDÃO

quarta-feira, 8 de abril de 2009


Desde o início seu coração não me desejou...

Vagas promessas...

Desde o começo... só entusiasmo... sedução

Meu olhar amortece e dentro de minha alma rompe

uma cadência de inseguranças... tristezas, melancolias

Me refugio dentro do meu próprio peito

profunda ferida de amargura

tortura interior

Meu rosto enche-se de luz que segue meus olhos para o céu

que volta frágil como uma chama que se apaga entre as pálpebras

MEU TEMPO

No pequeno lapso do tempo

sinto tão diverso o meu hoje

De cada um dos meus ontens

tais foram meu altos e minhas quedas

Várias existências...

“Minha vida”



ADÉLIA PRADO

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A idéia de Deus como algo para viver e não explicar marca a trajetória da autora que pensa o cotidiano como algo simples para ser vivido e experimentado. 

No corre - corre da vida cotidiana, Adélia nos ensina a sentir e viver os pequenos prazeres da vida como apenas observar o pouso das borboletas de quem ela diz: “Uma borboleta pousada ou é Deus ou é nada”. Na simplicidade de olhar e ver a vida, o destaque de Adélia Prado é que mesmo com todo o reconhecimento da crítica literária ela continua a ser uma simples dona de casa, uma avó com quem podemos sentar contar histórias e estórias. Adélia uma mulher que escreve estória e faz história. Deus como algo para viver e não explicar marca a trajetória da autora que pensa o cotidiano como algo simples para ser vivido e experimentado. No corre - corre da vida cotidiana, Adélia nos ensina a sentir e viver os pequenos prazeres da vida como apenas observar o pouso das borboletas de quem ela diz: “Uma borboleta pousada ou é Deus ou é nada”. Na simplicidade de olhar e ver a vida, o destaque de Adélia Prado é que mesmo com todo o reconhecimento da crítica literária ela continua a ser uma simples dona de casa, uma avó com quem podemos sentar contar histórias e estórias. 

Adélia uma mulher que escreve estória e faz história