DESPEDIDA

terça-feira, 30 de setembro de 2008


Despedir, arte difícil
que o coração
tenazmente se nega
em aprender.
Amei através de versos,
dos mais puros e humanos,
dos quais,
há pouco tempo
trouxeram grande felicidade
Porém, algo abalou,
desta vez, tanto assim...
Último encontro.
Instintivamente nos olhamos,
repentinamente um silêncio opressor
se fêz.
Abraçamo-nos.
Não sei o que senti,
dentro de mim...
Entendi que não havia
necessidade de algo dizer-nos.
Logo, soube então,
nesta mesma noite,
confusa e pálida,
com mãos que em vão tateiam
e caem desmaiadas
que este sentimento,
suave, sincero,
carinhoso e angelical
nos acompanharia
a além desta vida.

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