... a importância das atitudes e a beleza dos gestos

terça-feira, 8 de setembro de 2015


“A Menina que Roubava Livros”. Há muito tempo queria ler este livro, mas depois foram aparecendo tantos outros que este foi ficando para trás. Finalmente nos encontramos. Liesel, uma menina alemã vivendo durante o governo de Hitler e sua alma que alçava vôos pelas páginas dos livros surrupiados. O primeiro veio da neve, quando sua mãe não podendo cuidar dela e do irmão menor, os leva para uma família criar e durante a viagem de trem, seu irmão já doente morre, e é enterrado no caminho. Na volta do enterro, um dos coveiros que ainda é um aprendiz da profissão, o deixa cair, e o segundo veio do fogo, de uma fogueira para queimar livros proibidos. As dores do mundo já cabiam em sua rua na sua cidadezinha. A menina, depois do sofrimento inicial, foi aos poucos percebendo que seus pais de criação; ela uma dona de casa que lavava e passava para fora, ele um pintor de paredes que nas horas vagas tocava acordeão, eram pessoas bondosas.
Mas é daquele tipo de bondade despretensiosa, traduzida por generosidade e compaixão naturais, que não espera aplausos. Um era de uma bondade tranquilizadora onde você busca abrigo quando quer proteção e consolo. O outro de uma bondade explosiva, mas que aflorava nos momentos de crise. Mas a essência era a mesma, e ambos sabiam que algo estava muito fora de lugar. Esse tipo de bondade tanto quanto seu oposto, quando aparece, não escolhe a raça, o credo, o sexo ou o nível social. Mas não se engane, a bondade não é algo que se manifeste como unanimidade".
(Eli Boscato)

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