Iluminação perturbadora

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sentia tensão entre nós.
Silêncio violento e cheio de gritos interiores.
Uma corda a esticar a ponto de romper-se.
Tanto se aproximava um estado de letargia quanto vivo.
Misturavam e dominavam alternativamente o coração.
Diante de surpreendente ansiedade,
o medo caía ensanguentando o rosto.
Traços crispados pela paixão iluminavam as fisionomias.
Lábios sonhavam, suavemente entreabertos,
sorrisos espalhavam em repouso
como doces ondas saindo do peito.
Em volta, um halo angelical gravavam sem igual,
havia uma reação paradisíaca,
agora uma libertação de todo o peso interior,
um alívio.

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