PARA SI MESMO

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Na noite do inconsciente evocado unicamente pela luz brilhante da lua, produz certa paixão que funde-se entre a doçura, a aspereza e o desejo das lágrimas, na escuta o coração que bate sem cessar... e que volta como o céu em azul depois das tempestades,

a serenidade, depois de todas as crises e abalos da alma.
Necessidade da alegria quando fatigado pelos embalos trágicos das paixões,
com toda força trata de afogar as inclinações poéticas, a alma musical.
Brotam-se os primeiros impulsos no mais íntimo do ser,
passa da gravidade ao êxtase.
O ritmo desse rejuvenescimento é verdadeiramente,
liberta-se de todos os vínculos, de todas as relações.
Devora-se a si próprio num incêndio interior.
Assim como se cura uma ferida, se cauteriza o sentimento,
cura-se a si próprio.
Termina por ter somente essa paixão.
tem-se, pois, de deixá-la...
tornando mais distante meu espirito que teme ouvir os meus últimos gritos.

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