Os poetas

sábado, 10 de outubro de 2015

Os poetas são escultores de existências...Daí, comecei a pensar que todo poeta é sua palavra. A palavra se engravida de linguagem, tornando-se a prole do poético. Poetas querem ocupar a latência do verbo, inscrever-se nos raios do sol quando este se põe em rascunhos de imaginação, perceber-se enquanto errâncias e (se) atravessar (com) os caminhos apresentados ao destino de suas dúvidas... No final das contas, todos são (e somos!) completamente pés e calcanhares... Estar num poema é passear de mãos dadas, amar com o amanhecer e entardecer com um dia nublado... Um poema é sempre um risco para quem se aventura nas esquinas de seus versos. Sempre há um abraço nascido para cada um de nós, e quando o encontramos, realizamos uma leitura. Poemas são caminhos para nossos descaminhos. Somos poetas e, consequentemente, somos palavras. Posso ainda arriscar um improviso e dizer que um poema é um salto cuja queda é infinita, e nos encontramos no meio do caminho dessa eternidade... que sejamos sempre um recomeço...

(Fábio Santana Pessanha)


2 comentários:

Fábio Santana Pessanha disse...

Oi, posso dar uma dica? Em vez de você colocar "revista Obvious" para indicar autoria, poderia (deveria, na verdade) pôr o nome do autor. Afinal, a Obvious reúne olhares de vários autores, mas ela não escreve. Acho mais justo referenciar quem realmente escreve um texto.
Muito por acaso esbarrei no seu blog e fiquei feliz em ver minhas palavras no seu nele, sinal de que gostou a ponto de compartilhá-las! Só achei importante te dar esse toque, imagine a rede dialógica que pode desencadear! Bem, é isso... ;)

Um abraço,
Fábio Santana Pessanha, autor do texto.

Fábio Santana Pessanha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.