Nossas bocas se queimam anelante
som estranho...
como sopram os ventos
Sem tornar distantes
as estrelas que tremulam de consolo
e as noites que sonham...
a cada nascer de amor
que recobre a alma de tanto desejo
Lágrimas erguidas tentam
apagar o incêndio
dessas almas sedentas...
Gritos de alegria
emudecem...inundam...cintilam...exaltam
Ainda que chamassem os anjos
o coração não ouviria...
Tanta doçura é para mim
Meu ouvido sorveu teu nome
Meus olhos inteirou-se em tua alma
Sopro de vida...
Sensação entre os dedos
de um grão de areia do tempo...
da lua fundindo entre as estrelas
do sorver do ar...
do palpitar do coração...
e a veia correr...cálida,
na mão.
Úmida névoa enche a profundidade...
Um silêncio repousa
Meus lábios, que sedentos se apagam entre suspiros contidos
transformam toda euforia
em eterno amor
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