Do chão

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015



 Há na terra paisagens que às vezes não são de cores... castanho, ou negro. Só vem a morrer... porque chegou o seu último fim. Aos gritos.                                                                         Não faltam só cores...Há dias tão duros e frios...outros em que se não sabe de ar para tanto calor. Quieto o vento, não se dá por nada, nem mesmo passando perto. O céu tanto lhe dá por faltar... e para baixo desmaia-se em barro por fado de vida, tendam com o tempo a fechar-se entre deserto. Almas mortas, ou ainda vivas?    
Uma enorme massa de nuvens, densa e enrolada, mergulha mal definido ao descampado que  parece inatingível, uma comparação, seria talvez saudade.                                         Ameaça cordas de água regular, mas daquelas para muitas horas... se é o céu que molha, se a paisagem que encharca...são os desabafos quando outros de melhor consonância se estão longe... e por suas razões vai atravessando... e aclarando o que não estava, antes mais carregado de ti. Por diferentes palavras mas igual sentido se explica o lamento...  meu coração defeituoso, ainda bem...        

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