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Caminhando na praia
com os pés na areia
vamos filtrar
vamos flutuar
lado a lado
de mãos dadas
Algo sútil no ar...
diferente perfume
magia surpreendente
Não há como negar
Com os olhos da alma
ao redor olhar
Começamos a sorrir
alimentando sonhos
Um poeta alça vôo em direção ao horizonte distante, além o azul do mar. Alma nua, emoção, povoado de sonhos... Transcende os próprios limites... se deixa levar... Abre seu coração ao caliente sopro do vento
(1906 - 1944)
Mario Miranda Quintana ganhou o título de “O poeta das coisas simples”. Seus versos poderiam, sim, ser simples, mas o poder por trás de cada um era imenso!
obras
A Rua dos Cataventos (1940)Canções (1945)Sapato Florido (1947), poemas em prosa.Espelho Mágico (1948)O Aprendiz de Feiticeiro (1950).Poesias (1962) antologia completa.Pé de Pilão (1968)Apontamentos de História Sobrenatural (1976)Nova Antologia Poética (1982)Batalhão das Letras (1984)
Sentada na areia num profundo silêncio de alma
deixei meus olhos a vaguear
na imensidão azul do mar
Uma cortina de lágrimas de dor transbordaram
baixavam lentamente tentando aparar arestas, fechar feridas...
abrir portas trancadas pela escuridão
Um Silêncio querendo falar... ouvir... ver... tocar...respirar...
Um Silêncio transformando puro, cristalino o coração em uma alegria docemente
dos beijos timidos,
das nossas almas.
Sublime silêncio que verte saudade ...
da tua doce existência como de um sol que ainda brilha em minha alma
Vivi o calor do teu amor em teus braços
manto suave das ondas... vibração da tua voz
ternura que repousa viva em meus olhos
Quantas vezes “olhei”...
A procura de um passado cheio de saudades.
Por vezes me perdi no meu próprio olhar... à espera de encontrar o que ficou... Por breves instantes, mas encontro... outras vezes... nada encontro... apenas um olhar vazio.
Por vezes parece que estás presente...
Por vezes o ontem se confunde com o hoje, cada qual suas dores, suas alegrias, seus ganhos e perdas, feridos ou ilesos, são o que nos dá a impressão de existir... E a vida continua.
Felizes há aqueles que têm o doce gosto no coração, sem mágoa sem rancor, sem lágrimas, sem ilusão, apenas gratidão pelo tempo que proporcionou aos olhos, que despertou agradavelmente os sentidos... especialmente o coração.
Que nos permitiu sonhar... momentos inesquecíveis... coisas inexplicáveis... e pessoas incomparáveis...
Sopra o vento...
Desfolhar de flores
num chorar de pesar
penumbra o céu
Solidão,tristeza imperam em meu viver
Do seu amor ao meu esquecer
Sopra o vento...
Flores enegrecidas
no meu lúgubre coração
morto sentimento por ti...
esmorecendo em lágrimas a minha alma
Sopra o vento...
escuro a tilindar
um suplício de saudade
numa paixão infinita
esboçando em meu olhar
Sopra o vento...
em flagelo indefinido
ecoando ao mundo meus gritos de dor
intangível a te tocar
Sopra o vento...
em cansadas lágrimas vertendo
nos meus olhos exauridos
rolando pela face
inundando a boca
agoniando meu sombrio reflexo
Sopra o vento...
Algoz na memória
assombrando o passado
sangrando e enterrando
o meu coração de tanto te amar...
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