FISIONOMIA

domingo, 13 de abril de 2008



As faces fundas, da cor da terra, enruga-se pelo sofrimento, priva-se de sangue.
Tudo sombrio, sem beleza, sem vida, sem cor, somente uma parcela de vida.
Nada consegue iluminar, argila fria, não irradia chama para o interior, somente torna penetrante o olhar.
A solidão paira sobre a fisionomia.
Os traços suaves sucede uma letargia, é um mármore resistente nesta frágil argila carnal.
Uma luz aflui da fisionomia quando depara-se a um retrato,
se limita a observar o quanto se expõe a alma ao menor detalhe,
precisão tão exata, tão sublime, dotada de grande delicadeza.
Tudo que toca, vê, se torna luz.
A claridade torna-se mágica.
Propaga-se sangue, fogo, vivacidade na fisionomia que tanto ama,
agora , com tranqüilidade e repouso.

0 comentários: