ASSIM FALA O POETA

sábado, 1 de novembro de 2008

As rosas amadurecidas pela alvorada, titubeando-se abraçam-se e levantam o olhar que, acanhadamente deslumbram a cúpula dourada que brilha místicamente com resplendor. A luz se esparge pródigamente através das nuvens que se estendem até aos limites do horizonte e os pássaros se desvanecem pelos vapores então, rosados.
Ouvem-se vozes que se elevam aos céu, uma melodia primaveril, um vôo alegre de lágrimas. Um anjo desce e suavemente um raio divino se dirige ao céu, despertando o coração dos que, florescem nos lábios um doce sorriso e se comovem com a lágrima que pela face rola e amam a noite não só aos seus olhos com toda a intensidade da vida.
As palavras soam estranhamente, não se pode imaginar o seu sentido, mas o sangue, que corre nas veias é ardente, anima o ego e começa a cantar e a alma sente a saudação do dia que nasce. Não se fala, sente-se a vida por entre os raios ensolarados, entre o princípio e o fim se encontrará uma linha divisória, instante inesquecível que ecoará na memória, jamais outro momento superará essa torrente de sentimentos, agora, contidos nesta poesia.

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