QUE SERÁ DE MIM...?

sábado, 15 de novembro de 2008


No crepúsculo, antes de regressar,
despendi um momento ao
contemplar a relva com flores
delicadas, um pouco descoradas,
dispostas em fileiras estreitas, entre
elas alguns reflexos luzidos do sol
que se põe.
Não há ruídos...
Tive a impressão de ter encontrado
um pouco de paz.
Apoderou-se um leve medo...
engano,
um primeiro olhar para dentro...
para o mais penetrante infinito abismo de si
Sem defesa...
As recordações, vão se acomodando,
variando de conformações, e,
por estranho mimetismo,
tomam a cor e a medida dos
nossos desejos...
Toda última impressão escurece
as impressões anteriores, e
cada vez que uma recordação
sobe à consciência
em nenhum lugar...
em nenhum momento...
haverá paz
Que será de mim...?

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