VULTO

sábado, 15 de novembro de 2008



Apenas no ar
uma cor tranquila,
balança suave
no meio da vastidão...
O ar toca a água
E a desponta em pétalas coloridas
No céu e no mar,
um traço espumante...
Surge uma neblina, suave...
que aos poucos condensa-se e se espessa
como se quisesse criar formas sólidas.
De repente o olhar acolhe um vulto
é bastante incerto...
porque o crepúsculo o banha em cores
rosadas e confusas e
pela espreitante escuridão
Aos poucos, audaciosamente
Gravam-se nas cores o brilho da primavera
um raio repentino de sol poente
faiscando em todas as direções...
Uma mancha luminosa que irrompe o ar
uma única cor, um branco agudo
quase doloroso... impregnado de tempo...
dissolve a neblina
Uma confusão no olhar...
com insistência , observo vagamente...
o vulto.
Finas nuvens de chuva começam
a envolver ainda em pequena distância
O ar possui doce pureza
mesmo com a aproximação dos fortes pingos
que já denotam a cair...
Diversidade no ar...
Estranhamente,
pela rapidez com que a noite desce...
com paisagens de sonhos e tão sensualmente...
já me é permitido visualizar... o vulto
que reflete serenamente nas faces de cor anil
das águas do mar
então... nitidamente é você quem vejo

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