UM OLHAR...SUSPIROS... E UM TALVEZ...

sábado, 1 de novembro de 2008

Esse olhar que contempla
é sombrio...
tornou-se assim, porquê
sentiu demasiadamente
lágrimas,
e as feridas
não cicatrizaram.
Eternamente assim...
mergulhada, raramente
entrevejo a outra face.
Suspiros que sobem ao âmago
do cérebro põem-se a
analisar a neurose da alma,
indaga.
Não se escuta,
os sons são mais distantes,
em segundos, no espaço, no tempo.
Não transportam segurança,
não apaziguam o íntimo.
Sente-se unicamente
um sentimento,
há tanto tempo pressentido.
E como se, pela primeira vez,
detrás de um olhar,
surgisse inabalável
a certeza de um retorno.

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