O ÚLTIMO POEMA

quinta-feira, 27 de novembro de 2008


Sigo da minha janela ao caos negro do infinito...
Estocando minha solidão...
Ironicamente, por mais que se evite uma despedida,
Imagina-se o sofrimento...
O último poema
A alma rompe...
Germina lágrimas
Age direto no coração,
Deixando marcas penhoradas
É a partida desesperada
É o esquecimento...
Frases e palavras que se dissipam...
Em melancolia.
Raios e trovões clareiam o céu escuro, cinzento.
Não mais habitará em mim a poeta.
Abriu-se uma ferida que não a enxergo, mas a sua dor me faz percebe-la...
São minhas últimas palavras nessa sinfonia.
Cala-se a poeta que deu voz a emoção...
Deu ternura e asas aos sonhos das letras
Recolho-me ao silêncio da escrita
Da poesia não poderei jamais vivê-la nem em rima e nem em prosa
Nada transformará as palavras em estrelas
Nem o amor em mágica aventura...
Nem tecerá o sonho sonoro em alegrias... presentemente agonia...
Despoja-se a poeta
Travessia densa e sombria...
Passeará por entre a bruma da memória.
Não tropeçará, não vacilará,
Porque esse é o caminho a trilhar...

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