Confete

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

E se eu pudesse deixar algo... Deixaria uma caixa cheia de confetes coloridos de paciência para serem usados quando a vida exigir recomeço. Às vezes será preciso acreditar.
E quando o monstro da existência se apresentar, esta caixa também será útil. O monstro é grande e de aparência infinita, será preciso domesticá-lo e será preciso paciência para esperar o tempo em sua medida secreta. Porque para tudo, há uma medida. E se descobrirão surpreendentemente domesticados, porque somos nossos próprios medos e não há medo que não se adoce com um pouco de sabedoria e a sabedoria chega depois de exercitada a paciência. E por vezes será preciso descobrir um pouco de sentido nas loucuras da alma, apenas para freiar as loucuras da vida. Será preciso paciência, posto que nem sempre é fácil encontrar. Não se assustem quando o dia amanhecer escuro, há de haver dias escuros, mas como tudo na vida é impermanente este dia também clareará. A vida apresentará charadas. Não as decifre, o tempo se encarregará. A solidão por vezes será inevitável, tomem-a como uma bela companhia pelo tempo que for preciso. Sejam pacientes. Não se preocupem com o tempo da chegada, apenas cheguem sem cansaço e desfrutem de seus sonhos; a verdadeira chegada acontece todos os dias, não é preciso correr.
Nota: São confetes coloridos para que vocês nunca esqueçam a alegria. E tenho pra mim que há sonhos de todas as cores.
(luciana chardell)

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