Nas nuvens ...

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Brincava de desenhar nas nuvens: o indicador suspenso, como em sinal de atenção. Ia bailando pelos etéreos algodões da memória ou da vontade do porvir. Nem precisava ficar com os olhos abertos. Tinha gravada na mente a arte do céu e cada traço do viver.
E o céu dançava com a intensidade do ventar. Lá iam seus pés também, acompanhando as suaves mas firmes mãos do caminho; estavam rascunhados no branco da nuvem, mudando de posição junto com o ir da vida e do vento teimoso e indeciso.
Mas o destino borrou o desenho mais uma vez. Ah, que pena! Não faz mal, o céu estaria sempre ali. E, sem dúvida, as nuvens bailarinas também.





0 comentários: